Tuesday, December 30, 2008

Não me f**** o juízo

Introdução: Não me f**** o juízo é o nome do livro que ando a ler. (Don't ask me why.)

É giro que se farta e (tenta) explica(r) o conceito subjacente à ideia que dá título ao livro.

«F**** o juízo envolve depositar sementes na cabeça de outra pessoa, as quais adquirem vida própria e podem espalhar-se pela população. E há dois tipos com que lidar: as boas e as más. As boas passam de pessoa para pessoa através da persuasão racional, mas há também os tipos malignos, que simplesmente deitam as garras nas mentes das pessoas e não largam; trata-se de f**** o juízo negativamente. Exemplo: as cançonetas. A melodia entra-lhe na cabeça, instala-se e não o deixa — f******-lhe musicalmente o juízo. O escritor de cançonetas sabe que o seu cérebro tem um fraquinho por melodias apelativas e rimas tolas e joga com isto para lhe meter na cabeça as cançonetas publicitárias, que o leitor pode então cantarolar por aí. Foi mentalmente assediado, cranianamente importunado. O mesmo se aplica a frases feitas, lugares-comuns e preconceitos; tudo isto exemplos em que nos f**** o juízo, negativamente.»

Finalmente percebi porque raio o Toni Carreira e a música da Popota não me saem da cabeça!

Já me f****** o juízo. :D

Monday, December 15, 2008

Assim está melhor

Assim, sim - foram as palavras emocionadas do Blog, que afirmou ainda sentir-se muito menos votado ao ostracismo por parte da blogoesfera. As declarações surgem na sequência do post escrito anteriormente e dos respectivos comentários. Recorde-se que há mais de um mês que o blog não era actualizado.
Mesmo assim, segundo o mesmo, ainda há muito trabalhinho a fazer para que este espaço não entre no esquecimento. E, como é Natal, época de esperança, de solidariedade e generosidade, aproveitou a oportunidade para apelar à ajuda urgente de todas as intervenientes.

Thursday, December 11, 2008

'Tá mal!

A malta cria os blogs e depois abandona-os. 'Tá mal. Coitadinho do blog... não vêem que se sente sozinho, com falta de palavrinhas escritas e de comentáriozitos?

Tuesday, November 4, 2008

CTT abrem a sua rede à solidariedade



Os CTT vão pôr a sua rede à disposição do combate à pobreza e à exclusão social.
A partir de 1 de Dezembro próximo, os Correios de Portugal põem em marcha um projecto que, durante os próximos meses, permitirá a qualquer pessoa ajudar quem mais precisa de forma gratuita.
Este projecto é uma iniciativa dos CTT inscrita na sua política de responsabilidade social. Surgiu da constatação de que ninguém como os CTT tem capacidade para chegar a todas as localidades e a todos os habitantes do País. Por isso, os Correios vão fazer um envio massivo de um folheto informativo por todas as casas do País. Esse folheto, que será acompanhado de um saco específico para o transporte dos donativos, informará a população sobre as instituições de solidariedade aderentes ao projecto e que tipo de bens necessitam.

Com esse esclarecimento em mente, bastará a qualquer pessoa deslocar-se a uma das quase 1000 Estações de Correio existentes de Norte a Sul do País com o seu donativo.
Uma vez lá, ser-lhe-á fornecida gratuitamente uma caixa de transporte em cartão.
O autor do donativo apenas terá de encher a caixa e escolher a instituição destinatária, entre as várias possíveis, sem precisar de indicar uma morada. Os Correios tratam do transporte e da entrega, de forma totalmente gratuita.

A lista de instituições de solidariedade social aderentes é uma lista aberta.
Neste momento, os CTT estão em contacto com algumas dezenas de instituições, de carácter nacional e local.

Está já confirmada a adesão de instituições como:

Abraço

ACAPO

Acreditar

Ajuda de Berço

Ajuda de Mãe

Aldeia de Crianças SOS

Associação Portuguesa de Surdos

Casa do Caminho

Casa do Gaiato

Centro Helen Keller

Comunidade Vida e Paz

Cruz Vermelha Portuguesa

GIRA

FENACERCI

Liga Nacional Contra a Fome

Refúgio Aboim Ascensão

Associação Sol.

Outras serão anunciadas nos próximos dias.

Os bens elegíveis para doação dependem das necessidades de cada instituição e das limitações logísticas e incluirão bens como roupa, calçado, agasalhos, artigos de higiene, brinquedos, produtos de limpeza, pequenos electrodomésticos ou de entretenimento, entre outros.

Para esta grande iniciativa de carácter nacional, os Correios vão disponibilizar não apenas os seus voluntários, de um universo de 16 mil trabalhadores, como a sua rede: quase 1000 Estações de Correios, 370 Centros de Distribuição Postal e 3702 veículos de transporte que, todos os dias, percorrem cerca de 240 mil quilómetros.

Este projecto dos CTT é complementado por uma iniciativa protagonizada por uma empresa detida a 100% pelos CTT, a PayShop, e que permite que qualquer cidadão faça donativos em dinheiro, a partir de um euro, em 4500 locais de todo o País: 3500 agentes PayShop e quase 1000 Estações de Correio.

É convicção dos CTT - Correios de Portugal que esta iniciativa permitirá democratizar a solidariedade e eliminar barreiras geográficas.

Thursday, October 23, 2008

COMEÇO A TER VERGONHA DE SER PORTUGUÊS

- Processo Casa Pia: nada
- Processo Apito Dourado: nada
- Assassinatos de seguranças na noite: nada
- Caso Maddie: nada (com direito a humilhaçãozinha no estrangeiro...)
- Caso Freeport: nada
- Caso dos sobreiros PP: nada
- Caso BCP: nada

Mas soube-se prender um jovem que fez um download ilegal...YEAAAAAAAAH


Foi anteontem condenada, pela primeira vez num tribunal português, uma pessoa por ter descarregado e disponibilizado música na internet de forma ilegal.

A notícia, avançada pelo Jornal de Negócios, revela a sentença a que o indivíduo não identificado foi condenado: 90 dias de prisão ou 60 dias acrescidos de uma multa e um pedido de indemnização.

O processo foi instaurado pela Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) e a Audiogest (Associação para a Gestão e Distribuição de Direitos).

Segundo a descrição da publicação: 'O utilizador terá descarregado música de forma ilícita que depois transferiu para outros indivíduos através da chamada rede 'peer-to-peer', que permite a partilha de ficheiros de música'.

Tuesday, October 21, 2008

É difícil encontrar uma amiga que é:



95% Linda
96% Talentosa
97% Engraçada
98% Amorosa
99% Inteligente
e
100% Carinhosa

Então...



Estima-me, OK...?


Beijos

Monday, October 20, 2008

Ainda que mal vos pergunte...

... quando deram o nome a este blog estavam a pensar concretamente em quê???

Thursday, October 16, 2008

Os Marretas ao vivo e a cores (de) em Portugal



As coutadas dos (ex-)ministros e secretários de estado:

Fernando Nogueira:
ex-Ministro da Presidência, Justiça e Defesa
Presidente do BCP Angola

José de Oliveira e Costa:
ex-Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Presidente do Banco Português de Negócios (BPN)

Rui Machete:
ex-Ministro dos Assuntos Sociais
Presidente do Conselho Superior do BPN
Presidente do Conselho Executivo da FLAD

Armando Vara:
ex-Ministro adjunto do Primeiro Ministro
Vice-Presidente do BCP

Paulo Teixeira Pinto:
ex-Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Presidente do BCP
(Depois de 3 anos de "trabalho", Saiu com 10 milhões de indemnização)
(e mais 35.000€ x 15 meses por ano até morrer...)

António Vitorino:
ex- Ministro da Presidência e da Defesa
Vice-Presidente da PT Internacional
Presidente da Assembleia Geral do Santander Totta
(e ainda umas "patacas" como comentador RTP)

Celeste Cardona:
ex-Ministra da Justiça
Vogal do CA da CGD

José Silveira Godinho:
ex-Secretário de Estado das Finanças
Administrador do BES

João de Deus Pinheiro:
ex-Ministro da Educação e Negócios Estrangeiros
Vogal do CA do Banco Privado Português

Elias da Costa:
ex-Secretário de Estado da Construção e Habitação
Vogal do CA do BES

Ferreira do Amaral:
ex-Ministro das Obras Públicas
(que entregou todas as pontes a jusante de Vila Franca de Xira à Lusoponte)
Presidente da Lusoponte
(com quem se tem de renegociar o contrato. etc etc etc...)

E assim vamos...

Wednesday, October 15, 2008

ESCRITOS NA TESTA...

O marido está em casa a ver um jogo de futebol, quando a mulher sai e volta logo a seguir, dizendo-lhe:
- Querido, podes arranjar o meu carro? Ele parou de funcionar assim que saiu da garagem...
- Consertar o teu carro? Estás a ver FIAT escrito na minha testa?
A mulher volta à carga:
- Então podes arranjar a porta do frigorífico? Ela não está a fechar bem...
E ele respondeu:
- Arranjar a porta do frigorífico? Estás a ver SIEMENS escrito na minha testa?
- Está bem - disse ela.
- Então podes pelo menos trocar a lâmpada da porta da frente? Ela está queimada há semanas.
E o marido:
- Trocar a lâmpada da porta da frente? Estás a ver PHILIPPS escrito na minha testa?
- Eu não te aguento mais! Vou para o bar beber umas cervejas!
Assim fez e bebeu durante algumas horas. Entretanto, começou a sentir-se culpado pela forma como tinha tratado a mulher e decidiu voltar para casa e ajudá-la.
Ao chegar a casa viu que o carro já estava na garagem e a luz da porta de entrada já funcionava. Dirigiu-se ao frigorífico em busca de uma cerveja e percebeu que a porta do mesmo também tinha sido arranjada.
- Querida - perguntou ele - como é que todas estas coisas foram arranjadas?
E ela respondeu:
- Bem, quando tu saíste, eu sentei-me lá fora e estava a chorar. Então, apareceu um jovem muito simpático, que me perguntou o que é que me tinha acontecido e eu contei-lhe. Ele ofereceu-se para arranjar tudo, e eu só tinha que escolher entre ir para a cama com ele ou fazer-lhe um bolo.
O marido disse:
- Então, que tipo de bolo é que lhe fizeste, meu amor?
Ao que ela respondeu:
- Helloooooooo! Tu estás a ver 'DANCAKE' escrito na minha testa?

Moral da história: Marca que não dá assistência ... Abre espaço à concorrência.

Jorge Sampaio e filhotes

ESTE É MAIS UM CASO, ENTRE MUITOS, REVELADOS E DIVULGADOS ATRAVÉS DA INTERNET, PORQUE AS TELEVISÕES DESTE PAÍS, ESTÃO BEM CONTROLADAS POR "estranhas FORÇAS OCULTAS"....
Soube-se a dia 27 de Agosto, pelo Público, que a jovem e distinta advogada Vera Sampaio (terminou o curso com média de 10 valores) com uma carreira de "dezenas de anos e larga experiência" foi contratada como assessora pelo membro do Governo, Senhor Doutor Manuel Pedro Cunha da Silva Pereira, distinto Ministro da Presidência....
Como a tarefa não é muito cansativa foi autorizada a continuar a dar aulas numa qualquer universidade privada onde ganha uns tostões para compor "O salário" e poder aspirar a ter uma vidinha um pouco mais desafogada. O facto de ser filha do Senhor Ex-Presidente da República das Bananas que também dá pelo nome de Portugal, não teve nada a ver com este reconhecimento das suas capacidades. Nada! Juro pela saúde do Sr. "engenheiro" Sócrates.
Há famílias a quem a mão do Senhor toca com a sua graça. Ámen.
Já agora, como se devem recordar, ainda relativamente a esta família, soube-se há tempos que o filhote, depois de se ter formado, foi logo para consultor da Portugal Telecom, onde certamente porá "toda a sua experiência" ao serviço de todos nós.
Agora, como já ontem se disse, calhou a sorte à maninha e lá vai ela toda lampeira em part-time para o desgoverno, onde certamente porá também "toda a sua experiência" ao serviço de todos nós.
O papá para não fugir à regra, depois de escavacar uns bons centos de milhares de euros nossos na remodelação do um palacete ali para os lados da Ajuda, onde instalará um gabinete, vai ser transportado pelo "nosso carro", com o "nosso motorista" e onde certamente, para não fugir ao lema familiar, porá, de novo, toda a sua experiência ao serviço de todos nós.
Agora, foi nomeado Administrador da Gulbenkian...
Tudo isto, por mero acaso, se passa num sítio mal frequentado que se chama PORTUGAL, onde um milhão e duzentas mil pessoas vivem com uma reforma abaixo dos 375 Euros por mês.
Parece mentira, não parece ?
(não sei de quem é o texto mas podia muito bem ser de qualquer um de nós...)

Saturday, October 4, 2008

Um homem que entende de mulher ...

Não importa o quanto pesa.
É fascinante tocar, abraçar e acariciar o corpo de uma mulher.
Saber seu peso não nos proporciona nenhuma emoção.
Não temos a menor ideia de qual seja seu manequim.
Nossa avaliação é visual, isso quer dizer, se tem forma de guitarra... está bem.
Não nos importa quanto medem em centímetros - é uma questão de proporções, não de medidas.
As proporções ideais do corpo de uma mulher são: curvilíneas, cheiinhas, femininas....
Essa classe de corpo que, sem dúvida, se nota numa fracção de segundo.
As magrinhas que desfilam nas passarelas, seguem a tendência desenhada por estilistas que, diga-se de passagem, são todos gays e odeiam as mulheres e com elas competem.
Suas modas são rectas e sem formas e agridem o corpo que eles odeiam porque não podem tê-los.
Não há beleza mais irresistível na mulher do que a feminilidade e a doçura.
A elegância e o bom trato, são equivalentes a mil viagras.
A maquilhagem foi inventada para que as mulheres a usem. Usem! Para andar de cara lavada, basta a nossa.
Os cabelos, quanto mais tratados, melhor.
As saias foram inventadas para mostrar suas magníficas pernas.
Porque razão as cobrem com calças longas? Para que as confundam connosco? Uma onda é uma onda, as cadeiras são cadeiras e pronto.
Se a natureza lhes deu estas formas curvilíneas, foi por alguma razão e eu reitero: nós gostamos assim.
Ocultar essas formas, é como ter o melhor sofá embalado no sótão.
É essa a lei da natureza... que todo aquele que se casa com uma modelo magra, anoréxica, bulemica e nervosa logo procura uma amante cheiinha, simpática, tranquila e cheia de saúde. Entendam de uma vez!
Tratem de agradar a nós e não a vocês.
Porque, nunca terão uma referência objectiva, do quanto são lindas, dita por uma mulher. Nenhuma mulher vai reconhecer jamais, diante de um homem, com sinceridade, que outra mulher é linda.
As jovens são lindas... mas as de 40 para cima, são verdadeiros pratos fortes.
Por tantas delas somos capazes de atravessar o atlântico a nado.
O corpo muda... cresce.
Não podem pensar, sem ficarem psicóticas que podem entrar no mesmo vestido que usavam aos 18.
Entretanto uma mulher de 45, na qual entre na roupa que usou aos 18 anos, ou tem problemas de desenvolvimento ou está se auto-destruindo.
Nós gostamos das mulheres que sabem conduzir sua vida com equilíbrio e sabem controlar sua natural tendência a culpas.
Ou seja, aquela que quando tem que comer, come com vontade (a dieta virá em Setembro, não antes; quando tem que fazer dieta, faz dieta com vontade (não se saboteia e não sofre); quando tem que ter intimidade com o parceiro, tem com vontade; quando tem que comprar algo que goste, compra; quando tem que economizar, economiza.
Algumas linhas no rosto, algumas cicatrizes no ventre, algumas marcas de estrias não lhes tira a beleza.
São feridas de guerra, testemunhas de que fizeram algo em suas vidas, não tiveram anos 'em formol' nem em spa... viveram!
O corpo da mulher é a prova de que Deus existe.
É o sagrado recinto da gestação de todos os homens, onde foram alimentados, ninados e nós, sem querer, as enchemos de estrias, de cesárias e demais coisas que tiveram que acontecer para estarmos vivos.
Cuidem-no!
Cuidem-se!
Amem-se!
A beleza é tudo isto.


Paulo Coelho

Monday, September 29, 2008

Passaram-me isto...

Saiu na revista Sábado da semana passada... a propósito do que as mulheres casadas escondem dos maridos... a ser verdade ou não...
(não consigo confirmar se as palavras estão todas correctas. se alguém puder, agradeço)


O que elas fazem:
- Confessam tudo às amigas, mas seduzem sozinhas
- Guardam SMS para reler
- Prestam mais atenção aos detalhes e por isso são menos vezes apanhadas
- Gerem melhor as emoções e disfarçam mais
- Acham que se não se envolverem fisicamente não é traição
- Apaixonam-se com facilidade e custa-lhes manter uma vida dupla
- Têm dificuldade em separar o que é fisico e emocional
- São mais provocadoras na sedução; montam cerco e não largam
- Actuam sozinhas
- Escondem fantasias sexuais
- Têm dificuldade em confessar traição
- Perdoam mais facilmente uma infidelidade


O que eles fazem:
- Separam o amor do sexo
- Se há problemas, procuram um escape em vez de falar disso
- Têm mais oportunidades de viver as suas fantasias (strip clubs, pornografica, etc)
- Actuam mais em grupo
- São menos emocionais
- Só comentam com os amigos os casos que não são importantes
- Têm sexo sem sentir mais do que desejo
- São mais básicos na sedução
- Mentem mal
- Lidam mal com parceiras muito dominadoras
- Seduzem mais longe de casa
- Confessam a traição com mais facilidade
- É-lhes dificil perdoar uma infidelidade poque isso põe em causa a sua masculinidade

(algumas concordo, outras nem por isso)

Saturday, September 27, 2008

Madonna

Fui ao concerto da Madonna e consegui realmente vê-la, embora, ao alcance dos meus olhos, não fosse muito maior do que uma formiga.
Demorei umas duas horas para conseguir entrar no recinto e mais trinta minutos para ir ao WC. Para mim, foi o início da era das casas de banho mistas (digo eu, que, além do Rock in Rio, não costumo ir a festivais). Pelo meio, vários urinóis espalhados e rapazes de pila na mão.
Entre esperas, e alheia aos bafos de ganza que me chegavam ao nariz, falei de férias com crianças, de colégios versus escolas públicas, de educação e de desenvolvimento infantil...
Cantei ao som de Like a Prayer e de La Isla Bonita.
Acaba-se aquilo e não há transportes ou maneira de voltar para casa. Envio um sms a avisar que vou chegar tarde.
Duas horas e meia para chegar a casa. Fome, frio e dores nos pés.
Entro na cozinha para um lanchinho... o saco do pão está no chão e vazio (e a cadela com umas três carcaças no bucho); no fogão o tacho com os restos do jantar (que eu tinha deixado feito); num lado do lava-loiças, os biberões de molho... no outro, a loiça amontoada do jantar; em cima da mesa, os individuais, um copo, a chávena do café.
Sentei-me na cadeira e chorei... levantei a mesa, despejei os restos de comida no lixo, pus a loiça na máquina.
Deitei-me e não conseguia dormir com dores nos pés. No outro dia, acordei como se tivesse feito uma directa e bebido uma garrafa de vodka e pensei: eu não tenho pedalada para isto.

Thursday, September 25, 2008

Quem se acusa, ponha o dedo no ar....




Fantasias, mas não de carnaval.

Thursday, September 18, 2008

Mais coisa menos coisa, é isto.....

"Portugal visto de Espanha. AS VERDADES OCULTAS EM PORTUGAL

LISBOA, 21 sep (IPS) - Indicadores económicos y sociales periodicamente divulgados por la Unión Europea (UE) colocan a Portugal en niveles de pobreza e injusticia social inadmisibles para un país que integra desde 1986 el 'club de los ricos' del continente. Pero el golpe de gracia lo dio la evaluación de la Organización para la Cooperación y el Desarrollo Económicos (OCDE): en los próximos años Portugalse distanciará aún más de los países avanzados. La productividad más baja de la UE , la escasa innovación y vitalidad del sector empresarial, educación y formación profesional deficientes, mal uso de fondos públicos, con gastos excesivos y resultados magros son los datos señalados por el informe anual sobre Portugal de la OCDE , que reúne a 30países industriales.
A diferencia de España, Grecia e Irlanda (que hicieron también parte del 'grupo de los pobres' de la UE ), Portugal no supo aprovechar para sudesarrollo los cuantiosos fondos comunitarios que fluyeron sin cesar desde Bruselas durante casi dos décadas, coinciden analistas políticos y económicos.
En 1986, Madrid y Lisboa ingresaron a la entonces Comunidad Económica Europea con índices similares de desarrollo relativo, y sólo una década atrás, Portugal ocupaba un lugar superior al de Grecia e Irlanda en el ranking de la UE. Pero en 2001, fue cómodamente superado por esos dos países, mientras España ya se ubica a poca distancia del promedio del bloque.
'La convergencia de la economía portuguesa con las más avanzadas de la OCE pareció detenerse en los últimos años, dejando una brecha significativa enlos ingresos por persona', afirma la organización. En el sector privado, 'los bienes de capital no siempre se utilizan o se ubican con eficacia y las nuevas tecnologías no son rápidamente adoptadas', afirma la OCDE. 'La fuerza laboral portuguesa cuenta con menos educación formal que los trabajadores de otros países de la UE , inclusive los de los nuevos miembros de Europa central y oriental', señala el documento.Todos los análisis sobre las cifras invertidas coinciden en que el problema central no está en los montos, sino en los métodos para distribuirlos.Portugal gasta más que la gran mayoría de los países de la UE en remuneración de empleados públicos respecto de su producto interno bruto, pero no logra mejorar significativamente la calidad y eficiencia de los servicios.
Con más profesores por cantidad de alumnos que la mayor parte de los miembros de la OCDE , tampoco consigue dar una educación y formaciónprofesional competitivas con el resto de los países industrializados.En los últimos 18 años, Portugal fue el país que recibió más beneficios por habitante en asistencia comunitaria.
Sin embargo, tras nueve años de acercarse a los niveles de la UE , en 1995 comenzó a caer y las perspectivas hoy indican mayor distancia.
Dónde fueron a parar los fondos comunitarios?, es la pregunta insistente en debates televisados y en columnas de opinión de los principales periódicos del país. La respuesta más frecuente es que el dinero engordó la billetera de quienes ya tenían más.
Los números indican que Portugal es el país de la UE con mayor desigualdad social y con los salarios mínimos y medios más bajos del bloque, al menoshasta el 1 de mayo, cuando éste se amplió de 15 a 25 naciones.
También es el país del bloque en el que los administradores de empresas públicas tienen los sueldos más altos.
El argumento más frecuente de los ejecutivos indica que 'el mercado decide los salarios'. Consultado por IPS, el ex ministro de Obras Públicas(1995-2002) y actual diputado socialista João Cravinho desmintió esta teoría.
'Son los propios administradores quienes fijan sus salarios, cargando las culpas al mercado', dijo.
En las empresas privadas con participación estatal o en las estatales com accionistas minoritarios privados, 'los ejecutivos fijan sus sueldos astronómicos (algunos llegan a los 90.000 dólares mensuales, incluyendo bonos y regalías) con la complicidad de los accionistas de referencia', explicó Cravinho.
Estos mismos grandes accionistas, 'son a la vez altos ejecutivos, y todo este sistema, en el fondo, es en desmedro del pequeño accionista, que ve como una gruesa tajada de los lucros va a parar a cuentas bancarias de los directivos', lamentó el ex ministro. La crisis económica que estancó el crecimiento portugués en los últimos dos años 'está siendo pagada por las clases menos favorecidas', dijo. Esta situación de desigualdad aflora cada día con los ejemplos más variados.El último es el de la crisis del sector automotriz.Los comerciantes se quejan de una caída de casi 20 por ciento en las ventas de automóviles de baja cilindrada, con precios de entre 15.000 y 20.000dólares.
Pero los representantes de marcas de lujo como Ferrari, Porsche, Lamborghini, Maserati y Lotus (vehículos que valen más de 200.000 dólares),lamentan no dar abasto a todos los pedidos, ante un aumento de 36 por ciento en la demanda. Estudios sobre la tradicional industria textil lusa, que fueuna de las más modernas y de más calidad del mundo, demuestran su estancamiento, pues sus empresarios no realizaron los necesarios ajustespara actualizarla. Pero la zona norte donde se concentra el sector textil, tiene más autos Ferrari por metro cuadrado que Italia.
Un ejecutivo español de la informática, Javier Felipe, dijo a IPS que según su experiencia con empresarios portugueses, éstos 'están más interesados enla imagen que proyectan que en el resultado de su trabajo'. Para muchos 'es más importante el automóvil que conducen, el tipo de tarjeta de crédito que pueden lucir al pagar una cuenta o el modelo del teléfonocelular, que la eficiencia de su gestión', dijo Felipe, aclarando que hay excepciones.Todo esto va modelando una mentalidad que, a fin de cuentas, afecta al desarrollo de un país', opinó.
La evasión fiscal impune es otro aspecto que ha castrado inversiones del sector público con potenciales efectos positivos en la superación de la crisis económica y el desempleo, que este año llegó a 7,3 por ciento de la población económicamente activa.Los únicos contribuyentes a cabalidad de las arcas del Estado son los trabajadores contratados, que descuentan en la fuente laboral. En los últimos dos años, el gobierno decidió cargar la mano fiscal sobre esas cabezas, manteniendo situaciones 'obscenas' y 'escandalosas', según el economista y comentarista de televisión Antonio Pérez Metello. 'En lugar de anunciar progresos en la recuperación de los impuestos de aquellos que continúan riéndose en la cara del fisco, el gobierno (conservador) decide sacar una tajada aun mayor de esos que ya pagan lo que es debido, y deja incólume la nebulosa de los fugitivos fiscales, sin coherencia ideológica, sin visión de futuro', criticó Metello.
La prueba está explicada en una columna de opinión de José Vitor Malheiros, aparecida este martes en el diario Público de Lisboa, que fustiga la falta de honestidad en la declaración de impuestos de los lamados profesionales liberales. Según esos documentos entregados al fisco, médicos y dentistas declararons), los arquitectos de ingresos anuales promedio de 17.680 euros (21.750 dólares), los abogados de 10.864 (13.365 dólaree 9.277 (11.410 dólares) y los ingenieros de 8.382 (10.310 dólares).
Estos números indican que por cada seis euros que pagan al fisco, 'le roban nueve a la comunidad', pues estos profesionales no dependientes deberíancontribuir con 15 por ciento del total del impuesto al ingreso por trabajo singular y sólo tributan seis por ciento, dijo Malheiros. Con la devolución de impuestos al cerrar un ejercicio fiscal, éstos 'roban más de lo que pagan, como si un carnicero nos vendiese 400 gramos de bife ynos hiciese pagar un kilogramo, y existen 180.000 de estos profesionales liberales que, en promedio, nos roban 600 gramos por kilo', comentó con sarcasmo. Si un país 'permite que un profesional liberal con dos casas y dos automóviles de lujo declare ingresos de 600 euros (738 dólares) por mes, añotras año, sin ser cuestionado en lo más mínimo por el fisco, y encima recibe un subsidio del Estado para ayudar a pagar el colegio privado de sus hijos,significa que el sistema no tiene ninguna moralidad', sentenció."
(recebido por mail.. qto ás "ocultas"... não são assim tão ocultas como isso...)

Friday, September 12, 2008

Desculpem lá qualquer coisinha ou A propósito da posta da nossa Fren

Ai, minhas amigas, que saudades, mas que saudades que eu tinha da tascosfera! Que esta treta é um bício, a bem dizer e eu já não me lembrava! O problema é que não nos pagam pra isto e nem percebo muito bem porquê, porque lá que deviam, deviam. É que dá trabalho e gasta tempo, tudo critérios de valor acrescentado, logo remuneráveis.
Mas enfim, não era nada sobre isto que eu queria falar e lá estou eu a dispersar-me e sempre me avisaram que esta minha tendência ia ser a minha perdição e lá estou eu outra vez, MAS, QUE DIABO, NÃO HÁ QUEM SEGURE ESTA CALAMITOSA, RACHTAPARTA À MIÚDA MAIS A MANIA DE QUERER SEMPRE FALAR DE TUDO E MAIS ALGUMA COISA, VÊ LÁ SE TE CONCENTRAS NO ESSENCIAL QUE ASSIM NÃO HÁ QUEM TE ATURE A BEM DIZER!!!

Dizia eu então que saudades desta coisa, de ler e de me rir com as vossas postas - oh caraças, que a da publicidade "as mulheres não gostam" é das melhores que tenho lido nos últimos tempos e se eu tenho lido, com a graça de deus nosso senhor (desculpem lá a falta de maiúsculas, espero não estar a ofender ninguém...)!

Mas a posta da nossa Fren fez-me pensar em coisas sérias e apesar de ser sexta-feira, dia de desanuviar e de nos sentirmos felizes por o sol brilhar e estarmos à beirinha de o irmos aproveitar já já a seguir (e mais uma vez que me desculpem aquelas - e aqueles se porventura os houver por aqui - que não poderão fazer uma praiinha ou pelo menos umas horitas no parque infantil este fds), apeteceu-me falar-vos da minha amiga Maria. Maria é nome fictício, não que alguém a fosse reconhecer se eu pussesse aqui o nome dela mas enfim, será talvez deformação profissional.

A Maria talvez ficasse espantada se passasse por aqui e percebesse que eu não engoli a história que ela me contou quando eu -ingénua! - lhe perguntei o motivo pelo qual tinha uma nódoa negra no osso da bochecha e outra no bíceps do lado oposto (fora as outras, as que não vi e as que não mencionei). Que o meu coração se apertou e ficou pequenininho à medida que acenava e fingia estar a visualizá-la descalça a escorregar no chão molhado da cozinha e a cair NAQUELA posição. Contra todas as leis da física. E o quanto me doeu perceber que ela insistia na versão coxa dos acontecimentos, acrescentando pormenores que a tornavam de todo inconcebível - é que, apesar de pouco provável é possível dar de trombas numa porta semi-aberta, assim como é possível cair-nos uma prateira de livros em cima ou levarmos com o espelho do retrovisor lateral esquerdo de um automóvel em cheio na sobrancelha direita como me aconteceu há uns anos. Mas, e desculpa-me, Maria, não entra na cabeça de ninguém que tenhas caído para a frente nas circunstâncias que referiste. Porém, tenho sobretudo é de pedir-te desculpa pela MINHA falta de frontalidade pois fui incapaz de te confrontar. Eu sei que o momento não era adequado, porque havia mais gente à volta, mas devia, eu sei, ter-te chamado à razão, devia, eu sei, ter trazido o assunto de novo à baila assim que me apanhasse sozinha contigo, dar-te a ocasião de falar, de desabafar, embora esteja cá desconfiada que não o irias fazer.
Logo tu, a mulher independente, liberta e forte que és. Logo tu, que nunca precisaste de um homem para nada. Logo tu, que estás a anos-luz dele em termos intelectuais, culturais, espirituais e até mesmo financeiros. Logo tu, que és dona da casa onde ELE mora. Que és mãe da filha em quem ele se acha no direito de mandar. Que ele se acha no direito de castrar, obrigando-a comer, forçando-a a fazê-lo em silêncio, tal como certamente o fizeram com ele quando era miúdo, tornando-o no tipo retrógrado, limitado e agressivo que é hoje.
Não irias dizer-me a verdade porque isso seria dar-me razão. Porque sabes o que penso, não que to tenha dito. Porque me dirias o mesmo e por muito menos. Sem nunca admitir. Dizendo que ele é sim senhora um gajo por vezes bruto mas nunca levantaria um dedo para te magoar a ti ou a ela, pois se ele até é tão porreiro que até tem o jantar pronto quando chegas a casa mais tarde.
Quero que saibas, gostaria que soubesses que podes fraquejar ao pé de mim. Que podes chorar, berrar. Que escusas de afixar essa felicidade falsa. Que não precisas de falar sem parar para que não sobre espaço nem tempo para o que dói, para o que realmente interessa, para o que verdadeiramente importa. Que não te irei condenar nem achar menos de ti. Embora continue a achar que não precisas disso. E tu sabe-lo tão bem. Difícil é só dar o primeiro passo. E tu sabe-lo tão bem...

Wednesday, September 10, 2008

Ponha o dedo no ar quem nunca se sentiu assim...



As mulheres têm posições mais igualitárias, mas continuam a desempenhar a maioria do trabalho doméstico? As mulheres assumem, em todos os países europeus, posições sempre mais igualitárias; os homens assumem sempre posições mais conservadoras e tradicionais.
Quanto à análise do tempo investido nas tarefas domésticas revela um enorme fosso entre homens e mulheres, mas não é um exclusivo nacional: regista-se de forma transversal em toda a Europa, ainda que tenha 'nuances'. Nos países do sul, o fosso agrava-se. No caso português, tendo em conta o tempo total dispensado pelo casal para as tarefas domésticas, 92,4% das mulheres afirma que metade desse tempo é da sua inteira e exclusiva responsabilidade contra apenas 8,5% dos homens que reclamam para si esse peso.
(por um sociólogo)
E porque não lêem ELES estas notícias...
Homens que dividem tarefas domésticas atraem mulheres

Segundo o psicólogo Joshua Coleman, autores de um dos estudos analisados na revisão, a divisão do trabalho doméstico está associada com um aumento no nível de satisfação nos casamentos.

"As mulheres dos maridos que participam das tarefas domésticas sentem mais interesse sexual e afeição pelos maridos", afirma Coleman. Homens que dividem tarefas domésticas atraem mulheres.

Uma revisão das pesquisas sobre a mudança nos papéis familiares preparada por pesquisadores americanos sugere que as mulheres sentem-se mais atraídas pelos homens que ajudam nas tarefas domésticas.

Segundo o psicólogo Joshua Coleman, autores de um dos estudos analisados na revisão, a divisão do trabalho doméstico está associada com um aumento no nível de satisfação nos casamentos.

"As mulheres dos maridos que participam das tarefas domésticas sentem mais interesse sexual e afeição pelos maridos", afirma Coleman.
(BBC Brasil)
E depois ficam chateados, querem festa e a nossa festa esta no 5 sono.
Onde andam esses maridos, hei?
Será que eles fazem uns workshops?

Monday, September 8, 2008

Há emails simplemente divinais!!!

"Celulite. Eles não gostam? Azarucho! Todos os dias ao sair de casa dou de caras com um anúncio que me deixa logo mal disposta até aí às três da tarde.

É da clínica Persona e tem esta brilhante tirada publicitária: 'os homens não gostam de celulite'. É que, de facto, era este o argumento que me faltava para eu pôr fim à celulite que se instalou no meu rabo sem qualquer espécie de permissão.

Eu até gosto de ter celulite, adoro! Faço os possíveis por ter sempre mais e mais... ah, mas espera lá, se os homens não gostam, então eu vou já pagar um tratamento de 3.000 euros na Persona para ficar sem celulite!!

A sério, senhores que fizeram esta campanha, acham mesmo que este tipo de terror psicológico barato faz efeito numa mulher??? Se o anúncio dissesse 'mulheres com celulite não entram na Zara', aí sim, era ver-me a correr para a Persona, primeiras, primeiras!

Agora, 'vejam lá se tratam disso que os homens não gostam', temos pena, mas não pega!
Se formos a ver, também há muita coisa que as gajas não gostam, e nem por isso espalhamos outdoors gigantescos pela cidade.

Sim, porque senão já estou a imaginar os possíveis anúncios:

- ELAS não gostam de pilas pequenas;

- ELAS não gostam de pêlos a mais;

- ELAS não gostam do resultado de 'campeonato nacional+liga dos campeões+taça uefa+taça de Portugal';

- ELAS não gostam de sexo oral sofrível e insuficiente;

- ELAS não gostam que cocem os tomates (muito menos em público);

- ELAS não gostam (nem acham sexy) as barrigas de cerveja;

- ELAS não gostam de tampas da sanita levantadas;- ELAS não gostam de ejaculação precoce;

- ELAS não gostam que cortem as unhas dos pés em cima da mesa da sala;

- ELAS não gostam de mãozinhas sapudas (e pouco hábeis);

- ELAS não gostam das amigas deles e das ex-namoradas, essas, nem falar;

- ELAS não gostam de slips nem de boxers com ursinhos;

- ELAS não gostam de atrasados emocionais;

Se os homens deste País se deparassem com estas publicidades, tentariam resolver algumas das questões apontadas?
Não, pois não?
Então deixem lá mas é a nossa celulitezinha sossegada e não nos obriguem a andar com uma régua na mala!

Tenho dito!"

Autora desconhecida' (mas muito esclarecidinha benza-a Deus nosso senhor - ou vosso, ou seja lá de quem for)
(COMO É ÓBVIO, ESTE MAIL VEIO DA ABELHA.... :P)

Tuesday, September 2, 2008

É impressão minha


Ou a Letizia ficou assim um bocadinho para o esquisita?

Friday, August 29, 2008

A doença do amor

Em conversa com uma amiga separada recentemente, demo-nos conta que aguentamos as relações exigindo tão pouco em troca.
A balança está tantas vezes desequilibrada, mas mesmo assim teimamos em falsificar os resultados em prol daquela companhia.
Companhia que tantas e tantas vezes nos faz sentir mais sós do que se estivéssemos de facto sozinhas.

Eu nunca precisei de um homem ao meu lado para o que quer que fosse. De tudo o que fiz até hoje, se não tivesse um companheiro, a única coisa que iria lamentar era a falta de filhos.
Aquilo em que vou cedendo acaba por ser pelo bem estar e pelo futuro de quem não pediu para cá estar e porque, voltando à balança, se calhar o desequilíbrio que eu sinto também ele o deve sentir. Estamos quites e conversados nesse assunto. Nada é perfeito, aliás.

Estas férias, a minha sogra confessou-me que provavelmente cedeu mais do que deveria porque tinha, de facto, medo de ficar só.
Eu, francamente, acho que o macho cheira esse medo.
O que eles precisam é de sentir um “coeficiente de cagaço”. O cagaço que os faz sentir que não estamos garantidas e que somos independentes o suficiente para desaparecer quando o limite for atingido.

Por isso é que me custa ver amigas minhas, mulheres fantásticas, lindas, inteligentes, sujeitarem-se a homens que não as merecem. E não estou a falar apenas da rotina do “quem faz o jantar”, “quem vai às compras”, “quem dá banho aos miúdos” (se bem que isso, com o tempo, também moa). Estou a falar de situações muito mais graves que reduzem a mulher ao mínimo (in)aceitável.

Pode ser o amor. Até pode ser doença (será o amor uma doença?).
Para mim, é muitas vezes o medo de envelhecer só.
Mas, no final, todos nós ficamos sozinhos.
E não há só mais só do que aquele solitário no meio de uma multidão que não o ama...

Monday, August 25, 2008

"We choose to love, we do not choose to cease loving." - Seneca

Thursday, August 7, 2008

Ser fiel é uma escolha que não pode depender do outro!

Sempre que me perguntam sobre fidelidade, inevitavelmente surge aquele velho argumento: “mas por que eu seria fiel se nada me garante que o outro não me está traindo?”...
Essa é, sem dúvida, uma grande verdade.

Jamais teremos certeza e nada nos pode garantir que a outra pessoa não nos vai trair, que ela é fiel.
Creio que essa seja a melhor e a mais sábia justificativa para a fidelidade.

Ser fiel é uma escolha pessoal; não pode depender da atitude e da escolha do outro.

Ou você é, ou você não é!

Obviamente, se tivermos em conta que ninguém é perfeito e que todos nós estamos sujeitos a equívocos e que podemos “escorregar”.

Mas o que defendo aqui é a postura de cada um.
O que considera certo e errado?
O que é uma característica sua e o que não é?

Considero como verdade absoluta a seguinte assertiva: “Não faças ao outro o que não gostarias que te fizessem a ti”.

Creio que raríssimas pessoas diriam que não se importariam de ser traídas. Assim sendo, não consigo entender porque tantas pessoas insistem em trair...Talvez, o facto não deva ser encarado a partir da atitude: trair ou não trair; nem tão pouco a partir da vítima: ser ou não ser traído. O facto deve ser encarado a partir de quem o praticou.

Isto é: você é ou não é um traidor?!?

Pode ser que a questão colocada desta maneira pareça acusadora demais, no entanto, acredito que por trás dela exista um sentimento mais profundo e importante que deveria ser tido em conta: a compaixão. Compaixão é um sentimento em extinção. Significa ser capaz de colocar-se no lugar do outro e conseguir sentir a dor que ele sente.
Se pudéssemos fazer sempre isso, aposto que as atrocidades da vida diminuiriam consideravelmente. Especialmente a traição.
Considero traição tudo aquilo que é combinado entre duas pessoas e uma delas não cumpre.
Ou seja, se no seu relacionamento, assume a postura de estar só com aquela pessoa, supõe-se que se sinta capaz de cumprir esse acordo.
Caso contrário, deveria ser sincero o bastante para admitir que quer ficar com outras pessoas sempre que sentir esse desejo, assumindo o risco de “perder” a pessoa que gosta.
De qualquer maneira, independentemente de qual seja a sua escolha, o facto é que a verdade é sinonimo de fidelidade.
Se a sua verdade vai ser aceite ou não, essa é uma outra questão com a qual terá que lidar.
Mas ser fiel é, acima de tudo, assumir somente os compromissos que se julga capaz de cumprir.
E caso não consiga, independentemente dos seus motivos, o mais correcto é não enganar e não mentir, ou melhor, ser sincero e contar ao outro que quebrou o acordo.
Saber lidar com as consequências dos seus actos pode demonstrar uma grandeza admirável, uma coragem que poucas pessoas têm.
Além disso, ser “absolvido” mediante a confissão é bem mais fácil do que ser perdoado diante da mentira e da tentativa de ludibriar a pessoa amada.

Enfim, caio novamente numa frase que escrevo sempre: a vida é feita de escolhas!

Imagine que a vida é um grande e requintado cardápio, repleto de deliciosas opções.
Todos nós, apreciadores do prazer, podemos ficar em dúvida, hesitantes antes de fazer o pedido. No entanto, teremos que o fazer, abrindo mão das demais opções, se quisermos desfrutar o sabor.

Quando vejo pessoas que se dizem fiéis, a trair a pessoa amada, imagino-as como se estivessem num belo restaurante, com o prato que escolheram diante de si, mas de tempo em tempo, levantam-se da mesa pedindo licença para irem ao wc e, enganando-se a si mesmas, correm até a cozinha escondendo-se para não serem vistas e roubam colheradas de outros pratos, engolindo rapidamente e voltando correndo para seus lugares.

Resultado: não saboreiam nem o que está à sua frente e nem o que está na cozinha.
Perdem o sabor peculiar de sua escolha e não aproveitam o melhor de cada opção como poderiam!
Perdem a oportunidade maravilhosa de degustar o indescritível sabor do amor, porque não sabem que esse prato pede sensibilidade e entrega para ser apreciado de verdade......
E quando chega a conta, pagam caro e certamente continuam com fome!





Texto de Rosana Braga, Escritora e Jornalista.

Wednesday, August 6, 2008

DIVÓRCIO NA INDIA

Divorciados não são pessoas de segunda mão

Com a mudança de costumes, divorciados indianos buscam uma segunda chance

Saher Mahmood e Somini Sengupta
Em Nova Déli, Índia

Em um restaurante de trabalhadores no meio de um movimentado mercado municipal, Yuvraj Raina é cúmplice de uma atividade que antes seria vista como uma radical afronta à ordem social.

Ele pega uma das pastas em sua mesa e lê em voz alta. "Divorciada, nascida em 68, trabalha com finanças e ganha 40 mil por mês. Tem uma filha, de 8 anos."

Outro pasta: "Brâmane, nascida em 59, 1,60m, contadora, sem filhos. Divorciada. A razão para o divórcio, ela diz aqui, foi que o rapaz tinha problemas psicológicos."

E uma terceira candidata pouco convencional, que nunca foi casada mas é considerada velha demais para encontrar um marido do jeito tradicional. "Ela optou por um divorciado. Nascida em 68, dificilmente conseguiria se casar com um homem solteiro.Raina, também divorciado, é um homem de negócios que está cortejando um mercado pequeno, porém promissor: ele tem uma agência matrimonial para homens e mulheres divorciados que querem se casar novamente. Em outra época, essa idéia teria sido excomungada pela classe média indiana. O casamento era compulsório, o divórcio era condenado, e as viúvas, pelo menos em algumas comunidades hindus, eram submetidas a uma vida de austeridade e, em alguns casos, ao exílio.

O casamento ainda é, em grande extensão, socialmente obrigatório na Índia. Mas na medida em que os costumes sociais indianos lentamente se transformam, os divórcio e segundos casamentos estão, aos poucos, ganhando aceitação. "No geral, isso não é mais tabu hoje em dia", disse Raina, que continuou tecendo louvores ao anonimato que as cidades grandes em especial oferecem aos que querem recomeçar suas vidas. Para escapar das línguas cacarejantes e dos dedos indicadores, um homem divorciado, diz Raina, "só precisa mudar de casa. Basta se mudar do leste de Déli para o Sul, que ele é uma nova pessoa."

O trabalho da agência de Raina, chamada Aastha Center for Remarriage, não é mais tão subversivo. As seções matrimoniais dos jornais de domingo trazem anúncios de outras agências de casamento especializadas em divorciados. O portal secondshaadi.com - "shaadi" significa casamento em hindi, e "second", segundo em inglês - foi lançado na Internet há apenas seis meses e já conta com uma base de dados de 25 mil clientes.

Até os sites convencionais de casamento, como o shaadi.com, estão começando a encontrar inscrições de pessoas que querem se casar pela segunda vez. Sunil Gangwani, que dirige uma filial do shaadi.com em Nagpur, uma pequena cidade do interior da Índia, diz que 5% de seus clientes são divorciados.

As taxas de divórcio são difíceis de serem quantificadas porque os casos são arquivados nas cortes locais espalhadas por todo o país, mas existem evidências factuais desse aumento. A Delhi Commission for Women, que tem uma linha telefônica de atendimento ao público, estima que o número de chamadas por parte de mulheres pedindo procedimentos de divórcio cresceu pelo menos 20% desde 2000.

Só a agência de Raina tem cerca de 5 mil noivas e noivos em potencial em seus arquivos. Na maior parte dos casos, são os parentes que inscrevem os divorciados no serviço, da mesma forma que os irmãos mais velhos e os pais e tios fariam no caso de um primeiro casamento tradicional. Os arquivos contém detalhes à moda antiga: casta, renda, se o pretendente é vegetariano ou não - e o horário exato do nascimento, para fins astrológicos. Mas eles também identificam se os clientes são divorciados ou viúvos, e descrevem em poucas palavras por que o casamento terminou, no caso dos divorciados. Raina diz que não está interessado em detalhes. "Se eu for ouvir todas as histórias, vai levar pelo menos dois dias para preencher a ficha", disse ele. "Eu simplesmente escrevo 'incompatibilidade'."

Ele examina as fichas cuidadosamente e envia aos clientes aquelas que são combinações compatíveis. Foi assim que ele encontrou sua parceira - uma mulher cujo primeiro marido havia morrido, deixando-a com um negócio para cuidar. Raina e a mulher já estão casados há mais de um ano.

O escritório da agência Aastha é uma sala estreita no alto de um prédio de dois andares, sem elevador. As paredes estão cobertas com pôsteres de casais sorridentes em trajes de casamento, maiores do que o tamanho natural. As pessoas procurar a agência por desejos e motivos diferentes. Manju Singh, 56, não buscava necessariamente um marido, mas um companheiro de sua idade. "Quero alguém com quem conversar", disse ela. "Minhas noites são muito solitárias".

Anubha Suri, 29, foi encorajada por seus pais a começar uma nova vida, mesmo enquanto espera que seu divórcio seja finalizado. "As pessoas podem dizer, 'Veja como essa garota é rápida'", diz ela. "Eu não me importo. Vou mostrar para o mundo que uma mulher pode viver com ou sem o casamento."

Savi Nagpal, 39, procurou a agência porque ficou cansada de organizar as festas de aniversário de sua filha sozinha. "Como se sabe, na Índia todo mundo pergunta pelo nome do pai - é a primeira coisa", disse ela. Ter uma presença paterna, disse ela, será bom para sua filha, que tem 8 anos de idade.

Mas ainda assim, Nagpal continua relutante em se casar novamente. Levou mais de três anos para que ela contatasse a agência de Raina. Ela ainda tem medo de entrar num relacionamento novo. "Procurar um segundo marido para mim agora não é uma questão de amor, mas simplesmente uma necessidade prática", disse Nagpal.

A Índia é uma sociedade em transição, cautelosamente adotando novos hábitos, mas ainda profundamente tradicional nas questões relacionadas ao casamento. Ninguém sabe isso melhor do que alguém que é divorciado e está buscando um novo começo.

Inderbir Singh, 35, deixou de ser convidado para sair com seus amigos depois de seu divórcio, há 15 meses. Se um parceiro de negócios pergunta sobre sua família e ele confessa que é divorciado, a conversa entra num silêncio constrangedor. Seus amigos o têm incentivado a encontrar uma nova companheira, mas ninguém quis apresentá-lo a nenhuma mulher. "De repente, sou um renegado na sociedade em que vivo", disse ele, em tom de quase brincadeira.

Ele vê uma sociedade em conflito consigo mesma. "As pessoas acham o divórcio OK. Ninguém vai forçá-lo a continuar no casamento e se torturar para o resto da vida", diz ele. "Mas a atitude para com uma pessoa divorciada continua a mesma. Somos renegados. As pessoas acreditam que o divórcio não aconteceria se a pessoa fosse boa."

Singh não ficou constrangido por se lançar no mercado de casamento novamente. Ele se inscreveu em sites de casamento convencionais, mas só conseguiu o que chamou de "taxa de fracasso de 100%". Ele colocou um anúncio no jornal, solicitando propostas, mas também não teve sorte. Então, tentou o site secondshaadi.com.

Até agora, já conheceu sete mulheres, e gostou de uma delas o suficiente para convidá-la para dois encontros. Ele a descreveu como sendo "um contato muito promissor".

"Vamos ver o que acontece", disse ele.

Tuesday, August 5, 2008

A Calamitosa junta-se à molhada

Heheheheh!
Quando cheguei de uma espécie de férias e fui ao perfil da minha Estrelinha para a ir visitar ao seu novo tasco descubro que faz parte deste estaminé. Eh pá, digo eu! Estaminé colectivo novo na tascoesfera! Nome giro. Gaijas divertidas. Também quero. E não é que vou ao emílio da calamitosa e lá estava o combite?!
Eh pá! Espero estar à altura. Tenho me portado tão mal. Não tenho ligado às amigas, muito menos aos amigos (onde é que eles andam, by the way?). Não tenho feito jantar. Não tenho ido às compras. Não lavei o carro e só lhe troquei os pneus porque com os que tinha não passava na inspecção. Tenho quilos de máquinas para fazer e só fiz duas porque se não ficava sem roupa interior. Mas pior, muito pior que tudo isto é que não tenho blogado. Nem no(s) meu(s) tasco(s) nem no(s) da malta. E isso sim, é algo de que tenho sinceras saudades. Enfim. Não sei se conseguirei dar o contributo desejado mas vou tentar. Vou mesmo. "Untill then, good night".

até jazzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz

Mais uma neste país à beira mar plantado

ORA ESTA...!
Mais uma Golpada - ERSE
Era uma vez um senhor chamado Jorge Viegas Vasconcelos, que era presidente de uma coisa chamada ERSE, ou seja, Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos, organismo que praticamente ninguém conhece e, dos que conhecem, poucos devem saber para o que serve. Mas o que sabemos é que o senhor Vasconcelos pediu a demissão do seu cargo porque, segundo consta, queria que os aumentos da electricidade ainda fossem maiores.
Ora, quando alguém se demite do seu emprego, fá-lo por sua conta e risco, não lhe sendo devidos, pela entidade empregadora, quaisquer reparos, subsídios ou outros quaisquer benefícios. Porém, com o senhor Vasconcelos não foi assim. Na verdade, ele vai para casa com 12 mil euros por mês - ou seja, 2.400 contos - durante o máximo de dois anos, até encontrar um novo emprego.
Aqui, quem me ouve ou lê pergunta, ligeiramente confuso ou perplexo: «Mas você não disse que o senhor Vasconcelos se despediu?». E eu respondo: «Pois disse. Ele demitiu-se, isto é, despediu-se por vontade própria!». E você volta a questionar-me: «Então, porque fica o homem a receber os tais 2.400contos por mês, durante dois anos? Qual é, neste país, o trabalhador que se despede e fica a receber seja o que for?».
Se fizermos esta pergunta ao ministério da Economia, ele responderá, como já respondeu, que «o regime aplicado aos membros do conselho de administração da ERSE foi aprovado pela própria ERSE». E que, «de acordo com artigo 28 dos Estatutos da ERSE, os membros do conselho de administração estão sujeitos ao estatuto do gestor público em tudo o que não resultar desses estatutos». Ou seja: sempre que os estatutos da ERSE foram mais vantajosos para os seus gestores, o estatuto de gestor público não se aplica.
Dizendo ainda melhor: o senhor Vasconcelos (que era presidente da ERSE desde a sua fundação) e os seus amigos do conselho de administração, apesar de terem o estatuto de gestores públicos, criaram um esquema ainda mais vantajoso para si próprios, como seja, por exemplo, ficarem com um ordenado milionário quando resolverem demitir-se dos seus cargos. Com a bênção avalizadora, é claro, dos nossos excelsos governantes.
Trata-se, obviamente, de um escândalo, de uma imoralidade sem limites, de uma afronta a milhões de portugueses que sobrevivem com ordenados baixíssimos e subsídios de desemprego miseráveis. Trata-se, em suma, de um desenfreado, abusivo e desenvergonhado abocanhar do erário público.
Mas voltemos à nossa história. O senhor Vasconcelos recebia 18 mil euros mensais, mais subsídio de férias, subsídio de Natal e ajudas de custo. 18 mil euros seriam mais de 3.600 contos, ou seja, mais de 120 contos por dia, sem incluir os subsídios de férias e Natal e ajudas de custo.
Aqui, uma pergunta se impõe: Afinal, o que é - e para que serve - a ERSE? A missão da ERSE consiste em fazer cumprir as disposições legislativas para o sector energético. E pergunta você, que não é burro: «Mas para fazer cumprir a lei não bastam os governos, os tribunais, a polícia, etc.?».
Parece que não. A coisa funciona assim: após receber uma reclamação, a ERSE intervém através da mediação e da tentativa de conciliação das partes envolvidas. Antes, o consumidor tem de reclamar junto do prestador de serviço. Ou seja, a ERSE não serve para nada. Ou serve apenas para gastar somas astronómicas com os seus administradores. Aliás, antes da questão dos aumentos da electricidade, quem é que sabia que existia uma coisa chamada ERSE? Até quando o povo português, cumprindo o seu papel de pachorrento bovino, aguentará tão pesada cana? E tão descarado gozo? Politicas à parte estou em crer que perante esta e outras, só falta mesmo manifestarmos a nossa total indignação.

Thursday, July 31, 2008

Preciso de férias...

Se isto não estar a precisar de férias não sei o que será.

Se eu não "postar" ou "comentar" nos próximos dias, procurem-me....

pois PIFEIIIIIIIIII!!!!

Fériassssssssssssssssssssssssssssssssssss

Com amor...LOLOLOLOL


Wednesday, July 30, 2008

Não é nada próprio, uma linguagem destas

Esta tarde, face a uma mudança (mais uma! e daquelas que não agradam de sobremaneira, apesar de não ser directamante comigo) no trabalho, e depois de ter visto o 'Call Girl' ontem explodi citando:

'Mais valia ser {meretriz}. Ao menos pagavam-me para {copular}! Assim {copulam-me} e não me {compensam onerosamente}!'

E pronto, sou uma pessoa horrível. Tenho mau feitio e um defeito esmagador: digo as coisas que os outros pensam, mas não têm {berlindes} para dizer.

N.B.: {Berlindes} porque o post já tem palavrões q.b. e acrescentar {túbaros} seria inapropriado...
E pronto, não resisti! Sou uma pessoa horrível!


Post entretanto refinado para manter canonização e não ser expulsa da congregação :P

ELE HÁ GAIJAS BOAS...

E ele há gaijas fabulosas!!!!

E esta noite, que me desculpem a imodéstia, mas eu sou fabulosa!!!!!!!!!!!!!!!

Para todas com amor

Alguém de entre vós me presenteou com esta bela imagem e mensagem, não resisti em partilhá-la.
Porque uma imagem vale por mil palavras e acompanhada por mensagens como esta, valem para uma vida.
As vossas vão de certeza murchar antes das minhas.

:)

Portugal(garve) no seu melhor

«Toda a gente sabe como começa uma massagem, ninguém sabe como acaba.»

As palavras podem ser lidas aqui e ouvidas em muita rádio.

Não há como escapar.

How normal is that?

Tuesday, July 29, 2008

Recebi há pouco e acho que vale a pena ler.

Embora tenha constatado no final do artigo uma data atrasada, está muito actual...e funcionários públicos somos todos nós...

O Estado, segundo a opinião de um Médico. (Vale a pena ler)


Carta aberta ao Primeiro-Ministro

Senhor Primeiro-Ministro

Excelência,

Escrevo na qualidade de médico das carreiras hospitalares e faço-o numa publicação profissional por julgar que o assunto é do interesse de todos os meus colegas. Dirijo-me ao Estado, entidade abstracta, meu empregador, que V.ª Ex.ª, por força das últimas eleições, legítima e indiscutivelmente representa. E, desde já, asseguro que não me move qualquer intuito político. Debalde poderá V.ª Ex.ª buscar qualquer filiação partidária, que não tenho, nunca tive e julgo nunca terei. Tampouco achará V.ª Ex.ª no meu curriculum atitudes de reivindicação, de reclamação ou de contestação, fora do mais estrito âmbito laboral.

Esta carta é tão-somente um pedido de decência nas relações de trabalho com a minha entidade patronal, ditada pelo frustrar do que cuidava serem as mais legítimas expectativas. Quando há mais de um quarto de século aceitei começar a trabalhar para o Estado, fi-lo na convicção de que era uma entidade recta e íntegra ou, como em linguagem vulgar se diz, uma pessoa de bem.

Não o é, como ao longo dos anos vim constatando: O Estado é um gestor ruinoso do bem comum, que todos pagamos. As contas públicas não deixam margem para dúvidas. O Estado é caloteiro, paga pouco, tarde e mal mas, reciprocamente, é o mais temível dos credores. Basta ver como nega o princípio da compensação. O Estado é iníquo e corrupto. Confirme-se, a cada nova ronda de eleições, o baile de apaniguados a ocupar furiosamente os lugares públicos, sem concurso, sem justificação e, pior que tudo, sem competência. De tal situação, deu V.ª Ex.ª o mais despudorado exemplo. O Estado denega a Justiça. Ao recusar criar condições para uma laboração rápida e exemplar dos tribunais, ao legislar diplomas dúbios, efémeros, se não contraditórios, perpetua-se o primado do acordo de circunstância ou do acto administrativo sobre o que devia ser Justiça, límpida e rigorosa.

Mas, ainda que tenha criado do Estado uma tão má imagem, nunca julguei que se pudesse chegar a violar princípios fundamentais do Direito, como o da não retroactividade das leis. Princípios que fazem parte dos direitos, liberdades e garantias universais de cujo reconhecimento Portugal é signatário.

Ao que parece pouco convicto, declarou V.ª Ex.ª publicamente a suspensão da progressão nas carreiras e o aumento da idade da reforma. A menos que se trate de mais uma afirmação para não cumprir, a que V.ª Ex.ª nos vai habituando, tal representa, pura e simplesmente, legislar com efeitos retroactivos à data de início do contrato de trabalho - 26 anos, no meu caso. Ora, quando me vinculei à Função Pública, foi-me asseverado que teria o meu direito à reforma aos 60 anos e à progressão na carreira conforme prevista nos regulamentos aplicáveis. Os descontos a que fui sujeito ao longo destes anos a favor da segurança social não são mais um imposto, mas sim uma quantia que é minha e que confiei ao Estado para que a guardasse, investisse e finalmente provesse à minha reforma, segundo os termos acordados. Nas recentes medidas económicas de excepção, sacrificou V.ª Ex.ª, uma vez mais, aqueles que pagam, sempre o fizeram e assim continuam.

Quanto à oligarquia de riqueza ostensiva, na qual se inclui a classe política, continua arrogante, impune... e não tributada. No outro extremo, marginais que nunca trabalharam são encorajados a jamais o fazerem, mediante subsídios da Segurança Social, numa pedagogia leviana e suicidária, conquanto que eleitoralmente muito rentável. Não sendo político não necessito de ser politicamente correcto. V.ª Ex.ª sabe, por demais, a quem maioritariamente são entregues os subsídios da Segurança Social: àqueles grupos étnicos que, justamente, perfazem o grosso da nossa população prisional.

Assim, in limine, o subsídio é, na realidade, um suborno pago aos marginais para os manter controlados. Dada a maneira como V.ª Ex.ª trata as polícias e a magistratura faz todo o sentido. É mesmo muito inteligente e pragmático. Não sei é se será ético mas, olhando em redor, essa é uma palavra em desuso. Ora o certo é que a Segurança Social não vive das contribuições dos políticos, - reformados ao fim de oito exaustivos anos de trabalho. Vive das nossas. E V.ª Ex.ª, ao alterar, de forma unilateral e, repito, retroactiva, o contrato que me ligava ao Estado, denunciou esse contrato. V.ª Ex.ª decerto concordará que, se não fosse o Estado mas uma pessoa individual a praticar estes actos, tal teria um nome pejorativo e uma sanção penal. Assim como se se tratasse de uma empresa ou qualquer outra entidade patronal haveria, indiscutivelmente, lugar a uma indemnização por quebra de contrato.

Pelo que, reportando-me aos princípios de equidade que seria suposto regerem o país, peço em meu nome, e dos médicos das carreiras públicas, igualdade de tratamento com os senhores deputados da nação, naquilo que V.ª Ex.ª muito bem definiu como «justas expectativas».

Respeitosamente,

Coimbra, 28 de Junho de 2005 Assistente Hospitalar Graduado de Psiquiatria nos HUC.


(e agora meditemos...)

Sunday, July 27, 2008

Guia prático para PAIS DE PRIMEIRA VIAGEM



Eu nem queria acreditar quando vi.
Mas tudo é possível, eu já vi um porco a andar de bicicleta e imensas "mulas" a chegarem a altos cargos.
Por isso...










Thursday, July 24, 2008

Wednesday, July 23, 2008

ARGHHHHHHHHH

Eu tinha uma colega, que por acaso até já nem tenho, que dizia que eu tenho uma ferroada de escorpião.
Pois minhas amigas e meus amigos (sim, que eu tenho a certeza que anda aqui macho a bisbilhotar, mas tem vergonha de se mostrar), vou admitir publicamente.
Rebolo a rir-me interiormente a cada rajada de vento, a cada dia que amanhece farrusco, a cada saraivada de pó.
É que cada vez que me lembro do tempo que passei ontem no supermercado metido a hiper aqui do burgo para comprar duas ou três merdecas, fico possuída! fico fora de mim! salta-me a tampa!
Cambada! E que tal irem meter nojo para outro lado, hmmmmm?!?!?!?!

Tão triste mas, infelizmente, tão real...

Não, não é só isso que importa.



Sim, é importante.

Sim, gostamos...

Mas sozinho acaba por se tornar comum.


Tratem de ser diferentes, dinâmicos, maduros, meigos, tenham iniciativa, façam boas surpresas, sejam cúmplices, amigos, companheiros, cozinheiros, empregados domésticos, meninos, chorem, desabafem e procurem o colinho de quem gostam sempre que precisarem e no meio de tudo isto conservem o vosso charme masculino, a vossa identidade e a vossa força... todas as mulheres gostam de um Super Homem em casa mas é muito mais importante quando ao pé dela ele pode tirar a capa e ser apenas o Homem, e isso torna-a ESPECIAL e ÚNICA e faz dele o MELHOR.

E mais (está provado) por isso atenção.

As mulheres dos maridos que participam das tarefas domésticas sentem mais interesse sexual e afeição pelos esposos. E uma mulher feliz é uma mulher muito interessante.



Da série: Coisas que uma mulher não admite nem sob tortura

Que os FDP dos sapatos que custaram uma fortuna magoam os pés.

(Já é tortura o suficiente ter que os usar)

sem título possível.




uffa
afinal não sou a única a ter imensas vezes empadão de puré de batata com carne picada... :D

Tuesday, July 22, 2008

Como perder a vontade de comer doces



Ver barrigas destas!
(ai que ódio!)

foto roubada: http://edeuscriouamulher.blogs.sapo.pt/

Sai uma destas para a mesa do canto, sff!!!!


Alguém me acompanha?

Qualidades que aprecio num homem

Sentido de humor.



(Foto recebida por email, e que pode e será usada contra mim, eu sei, a atestar a minha relação com os bens materiais que dão pelo nome de automóveis)

Ou o post da ecologia. (Para o chão é que não)

Só para dizer

que aterrei. Venho de asas douradas e com fé em muita coisa.

Descubra as diferenças

Antes de casar (ok, não é bem antes, é mais na adolescência que a malta não vai para nova e também não casou propriamente nova, mas sempre acrescenta algum dramatismo à coisa) pedia autorização aos pais para o jantar (e já agora, também pedia dinheiro que dinheiro a rodos e juventude nunca foram palavras que combinassem na perfeição).

Depois de casar (é mais depois dos filhos que o raio dos putos tem esta mania estúpida de não se amanharem sozinhos) queremos fazer um jantarinho de gaIja e lá temos que pedir autorização ao macho (ou aos pais, na mesma, para que cuidem dos filhos).

E a independência chega quando MESMO?

JÁ TÁ!!!!

Já misturei tudo, qual barmaid de um filme do 007.

Lamentamos informar que a alminha não teve o surgimento de qualquer frnclo e fiz mesmo o /&(%(#/&%&%$&$#"%#" do exame.

E agora já tá e tá mesmo pelo que nos resta aguardar calma e serenamente. Se correu bem? Sei lá eu!!!! O último desta cena correu tão bem e eu tive 8!!!!! Este que correu pior pode ser que dê para subir os padrõezinhos!!!!

Beijocas amigas e obrigada pelo apoio.

P.S.: Salta-Pocinhas, la Mariposa, nada!!!!

Monday, July 21, 2008

Uma grande verdade...

A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida. Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão.

Carl Rogers diz que a amizade "é a aceitação de cada um como realmente ele é".

Voracidade nas palavras vs velocidade de pensamento

Estou aqui e estou a pensar na minha almofada.
E a pensar que podia ter escrito minh'almofada e a lembrar-me que há palavras giras como almofariz, e de dedos cruzados por causa de um eventual furúnculo no abençoado rabo de alguém.

Seria um furúnculo santo, pois então! Mas isso adia apenas o inevitável, não é? Se não for hoje, será amanhã e os desejos prazenteiros de comezainas e alívios de bexigas e 'só mais um cigarrinho e um café' para concentrar....

Concentrada, concentrada estou eu - qual polpa de tomate ou sunquick para quem não lida bem com a acidez e não há kompensan que lhe valha - que tudo vai correr bem e vais-te livrar dessa merda com uma perna às costas!

Por isso faxavor de dar notícias! Até lá vou fazer uma pesquisazita porque acho que o Californication já tá a demorar muito.

Senhora PRESIDENTA...

Uma vénia
mais uma vénia

A senhora foi eleita por maioria absoluta.

Uma Vénia
Outra Vénia

Não a vamos servir.
Nem lavar-lhe os pézinhos com água de rosas.
Nem muito menos respeitar qualquer coisa que nos peça.

mas Presidenta acenta-lhe como uma luva.

Bem haja

Três VIVAS à xenhora presidenta

Urra
Urra
Urra

Friday, July 18, 2008

E SE DE REPENTE...

Alguém vos disser que não fuma no KURATO, podem ter a certezinha absoluta que estão com uns copos de atraso!!!!!!!!!!!!!

Do control freakismo ou dos homens com falta de afirmação

Uma gaija leva a vida a trabalhar. Trabalha trabalha trabalha, estilo formiguinha no Verão a guardar para o Inverno, mas sem as compensações da despensa cheia e com a agravante da carteira vazia.

Eis que chega a cigarra! Com toques abichanados e cara de parvo (já todas se aperceberam, que a cigarra é gajo!) Canta, mas não encanta, toca mal como o raio e ainda quer mandar no galinheiro dos pintainhos.

Revolução total! Anda o esterco na bolina e o milho escasseia. Tudo o que era simples é agora ainda mais complicado, e se querem que vos diga, noto umas certas semelhanças com alguém que anda sempre nas bocas do mundo e é parodiado a torto e a direito!

Quer-me parecer que é do nariz, mas coitado, ao nascer deram-lhe a combinação errada.

Daquela mata não sai coelho, e a Fatinha que me perdoe, mas nem a pele dá para uma gola...

OH SÔ DONA PRESIDENTA?

Se a gente prometer não falar de sexo, vibradores, homens ou depilação durante 24 horas, a Sô Dona Presidenta aceita acertar o relóginho aqui da mansão?

Obrigadinhos com muita consideraçãozinha!

P.S.: tens consciência que vamos faltar à promessa?

BOM FIM-DE-SEMANA


Sim, que isto é que era coisinha para tornar um fim-de-semana bom... Agora livros... Funf!

Às escuras

Chego aqui e está tudo às escuras... A malta já já desabelhou para casa e a labuta está adiada até segunda-feira (o dia mais amado da semana).

'Please allow me to introduce myself'... Sou a gaija que vai postar mais para a noitinha. Sou boa rapariga (atenção que eu não disse rapariga boa - não quero cá confusões!!) e porto-me (quase) sempre razoavelmente bem. Não digo asneiras e muito menos mando bocas. Sou assim uma gaija quase canonizada.

Sou tão santa, tão santa que nem me deixam entrar nas igrejas da vida, não vão as teorias de anos e anos de cristianismo cair por terra.

Sou aquilo que toda as sogras desejam (menos a minha, claro!) e moro na outra ponta dos Algarves.

Já tenho alguns dentes do sizo, mas confesso que não sei se os tenho todos porque me aborrece contá-los. Mas se perguntarem a quem me conhece...

Bom, que atire a primeira pedra quem nunca esteve à beira da loucura!

(eu sou tipo João Ratão e já caí dentro do caldeirão... Valem-me as boias que nunca me deixam ir ao fundo!)

Bom Fim-de-Semana


Para todas

Quem tem mãe, tem tudo, by Margarida Rebelo Pinto

Não gosto dos livros dela...
Mas ela tem crónicas (antigas) que gosto muito.

Esta é uma delas, mesmo que um pouco grandita (e já é de 2003):

"Todos os homens têm 3 grandes problemas na vida: o ego, o tamanho do dito cujo e a mãe. E é extraordinário como tudo acaba por andar à volta desta trilogia maldita.
E a mais difícil, porque tem raízes mais profundas e já existia antes da dita cuja fazer falta e do ego se consciencializar, é a mãe, esse ser mítico e incontornável que aterroriza e fascina os pequenos desde o dia em que nascem até ao dia em que morrem.
E se quem tem uma mãe tem tudo e quem não tem mãe não tem nada, quem as tem também tem uma carga de trabalhos, porque uma mãe pode ser uma cruz, um peso, uma seca, o inferno na terra, mesmo quando se pensa que é uma santa.
Até porque o Édipo é um complexo ao qual infelizmente muito poucos escapam. E quando ele matou o pai e se casou com a mãe, é certo que não sabia o que estava a fazer, nem uma coisa tem a ver com a outra porque o jovem não matou o senhor para empernar com a senhora, mas factos são factos e contra factos não há argumentos: a mãe é, quer se queira que não, a primeira mulher da vida de um homem. Para o bem, para o mal, e para toda a vida, quer se queira quer não. É aqui que a linda e cara palavra inevitabilidade se pode aplicar com todo o seu rigor e esplendor.

Os povos latinos é que são bons nisto: conseguem viver uma vida inteira debaixo das saias da maezinha e achar isso normal. A mãe latina – espanhola, portuguesa, italiana ou sul americana – é uma mãe vasta, generosa de formas e de coração, protectora incansável dos seus rebentos, muito dada ao fogão e ao tanque, que deixa de viver a vida dela em função dos animais que tem em casa, marido e filhos, entenda-se. É uma mulher fogosa mas submissa, que mesmo que seja directora financeira de uma multinacional e facture por ano o triplo do que o marido, acha a coisa mais normal do mundo passar a camisa do marido a ferro antes do pequeno almoço se este precisa. A mulher latina é uma boa mulher e uma óptima mãe, mas educa mal os maridos e ainda pior os filhos, que crescem como animais selvagens tendo como dado adquirido que as mulheres são todas como a mãe, chegadas ao tanque e ao fogão. E se não são, é porque são todas umas p... enfim, vocês já sabem o resto.
Estas mães zelosas e dedicadas projectam todo o amor doentio que carregam no peito nos filhos e eles, coitados, tornam-se uns incapazes, porque têm como adquiridas realidades que já não existem.
Meus amigos, convençam-se disto: já não há mulheres domésticas. Nós agora trabalhamos e também gostamos de mandar. E se não mandamos nem que seja um bocadinho, podem voltar para casa da mamã, lugar do qual nunca deviam ter saído.
E se se dá o caso da mãe não só não ser nenhuma santa como também ser uma grandessíssima bruxa, então é que a rapaziada fica toda estragada. Uma mãe que não deu amor aos rebentos, transforma os homens em bichos. Uma mãe que nunca ligou aos filhos faz homens confusos inseguros e desconfiados. Uma mãe violenta faz homens violentos. Uma mãe autoritária cria rapazes que mais parecem bananas com olhos.
E por aí fora.

Conheço alguns casos de filhos de mães bruxas e são histórias tristes; os filhos, além de fazerem sofrer imenso as mulheres com quem andam, também sofrem um bocado porque isto é como tudo na vida e as acções ficam com quem as pratica. Porque uma mãe – ou a mãe , como gostam de dizer os betos – é uma espécie de label, de ferro em brasa na manada, de marca de nascença: deixa sequelas para sempre na vida de uma pessoa. Estou muito freudiana, eu sei, mas o tema puxa e o Freud sabia alguma coisa disto.
E mesmo que um homem odeie a sua mãe, pode acontecer que se apaixone por uma mulher do mesmo género. É o destino e o destino é fatal. Ou então, para compensar os traumas de infância, arranja uma desgraçada em quem descarrega todo o fel acumulado desde a infância. É para estas coisas que servem os psiquiatras.

No meio deste quadro de miséria, vão aparecendo de vez em quando uns rapazes que, como têm uma mães porreiras, são bons da cabeça e do resto. São filhos de mães despachadas, divertidas, actuais, elegantes e determinadas, sem complexos feministas que tratam bem os filhos sem os endeusar. São as mães modernas, que já chegaram ao mundo ocidental há mais de vinte anos, mas como sempre acontece neste lindo quintal à beira-mar plantado, só agora têm aparecido.
Uma mãe porreira, divertida, descontraída que vai com os filhos ao cinema e janta nos mesmos restaurantes é condição quase suficiente para ter um filho que trate bem as outras mulheres. São mães que adoram ser mães, mas também adoram ser mulheres, ganhar dinheiro, jantar fora com as amigas e ter vida própria. São protectoras mas críticas, interessadas sem se meterem, são confidentes mas discretas e estão ali para ajudar. Os filhos de mães deste calibre são óptimos maridos e namorados, têm espírito de família e apreço pela vida caseira e não acham que o fogão e o tanque sejam uma obrigação exclusivamente feminina. Nem sequer acham que sejam uma obrigação. Têm respeito pelas mulheres e sabem ouvi-las. E sobretudo – isto é mesmo o mais importante – sabem gostar delas.

É claro que lhes pode acontecer à mesma, como aos outros, interessarem-se por uma mulher que, em alguns aspectos, seja parecida com a própria mãe. Mas isso não é um defeito, é feitio. E se a mãe for uma boa referência, que mal tem? Para esses processos inconscientes já não faz falta nenhuma um psiquiatra. Quem é que disse que a vida é um eterno regresso a casa? Não sei ao certo, mas deve ter sido uma mãe. "